Os primeiros meses de 2017 trouxeram boas notícias para o setor imobiliário brasileiro. De acordo com dados da Fundação Getulio Vargas, o Índice de Confiança da Construção atingiu 76,4 pontos em abril, o maior nível desde 2015. “O primeiro semestre mostra sinais de uma recuperação bastante gradual após forte queda da atividade do setor”, afirma Pedro Raffy Vartanian, professor do mestrado em economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Outro índice positivo é a queda dos juros. De acordo com dados do Banco Central, a taxa Selic saiu de 13% ao ano, em janeiro, para os atuais 11,25% ao ano. O último corte, realizado em abril, foi o maior em oito anos. A redução é positiva para o mercado imobiliário, principalmente na hora da venda de unidades. Com juros menores, mais compradores têm possibilidade de comprar imóveis com financiamentos adquiridos em bancos. O cenário abre espaço para novas oportunidades. Nessas condições, construtoras e incorporadoras de tamanho médio encontram ambiente financeiro mais propício para adquirir financiamentos destinados à construção de um empreendimento imobiliário. “O financiamento de instituições financeiras é uma das principais opções para o setor”, afirma Vartanian. Mais conhecido como Plano Empresário, o Financiamento Imobiliário de Construção é um plano que garante à construtora ou incorporadora fluxo de caixa para o desenvolvimento da obra prevista com qualidade e dentro do prazo. O banco financia o custo de construção, parcial ou total, do empreendimento, e a própria venda das unidades em construção ou finalizadas é utilizada para o pagamento. “Ele permite que a empresa tenha caixa para desenvolver novos projetos”, completa o professor. Além disso, a taxa de juros menor que a rentabilidade do projeto propicia uma alavancagem saudável e uma menor exposição de caixa. O Plano Empresário oferece soluções criadas sob medida para cada projeto, que podem variar de acordo, por exemplo, com a estruturação financeira e societária da empresa, e pode ser utilizado para o financiamento de projetos residenciais em lançamento ou já iniciados. Assim, as liberações ao longo do tempo são adequadas aos prazos do empreendimento e do repagamento. Para a construtora, a melhoria da estrutura de caixa e a customização dos desembolsos de acordo com as necessidades do projeto permitem flexibilidade e maior rentabilidade. O comprador final tem a vantagem e agilidade para acessar as linhas de crédito imobiliário dos diversos bancos de varejo para realizar a aquisição do imóvel. Fonte: Exame
Financiamento imobiliário volta a aquecer o mercado
Notícias e Dicas, 30 jun de 2017